domingo, 23 de outubro de 2016

{Resenha} Extraordiário — R. J. Palacio

Livro: Extraordinário
Autor (a): R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 320

SINOPSE: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade...até agora.
Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.


OPINIÃO:

Oi gente!
Como estão vocês?

Para o dia de hoje, venho partilhar com vocês a leitura que fiz de um livro extraordinariamente emocionante. De um garoto que vai te conquistar completamente e te fazer repensar muitas coisas a respeito da vida.

Auggie vivia basicamente dentro de um casulo, protegido por seus pais e irmã, para evitar que sofresse com os olhares maléficos que poderiam lhe ser direcionados devido a sua deformidade facial. Até os 10 anos, ele estudava em casa com a mãe, mas chegou um momento em que ela decidiu que o melhor seria que ele fosse para a escola, pois alguns conteúdos ela não dominava plenamente e sua aprendizagem poderia ficar comprometida, sem contar o fato que de a mãe queria que ele tentasse fazer amigos e levar a vida como uma criança normal.
A relutância de Auggie foi grande. Ele afirmava categoricamente que não queria ir para a escola (O que é comum né?! Eu até hoje não quero kkkk'). Os pais de Auggie resolveram tentar mesmo assim. Conseguiram uma escola e conversaram com o diretor, que decidiu convocar três alunos antes do início das aulas para que mostrassem a escola à Auggie, numa tentativa de aproximá-lo de outras crianças e facilitar o processo de inserção dele naquele ambiente que era totalmente novo.
Mesmo relutante, o garoto aceitou a proposta dos pais, que garantiram que ele poderia desistir a qualquer momento, caso não se sentisse confortável na escola. A partir daí, muitas coisas acontecem na vida de Auggie e de sua família e vocês definitivamente devem ler para descobrir.

Contado na perspectiva de Auggie, de sua irmã e de vários amigos, Extraordinário é mais um daqueles livros que nos ensinam muito sobre o quanto o preconceito com a aparência pode marcar, prejudicar, ou até mesmo destruir, a vida de uma pessoa. Ele nos faz rever as nossas atitudes a todo momento e repensar sobre a valorização da aparência e a extrema dificuldade em aceitar o diferente.

Nossa sociedade procura o tempo todo impor padrões em relação a tudo. Estabelece estereótipos e se você não se encaixa é simplesmente colocado à margem e se torna alvo constante de críticas, insultos e ataques gratuitos. 

Auggie vivenciou isso o tempo todo e foi obrigado a aprender bem cedo o quanto as pessoas podem ser venenosas e o quanto palavras, ou somente olhares, podem machucar. Eu sinto uma dificuldade imensa em encontrar palavras que possam externar todas as emoções que essa leitura me causou. Um livro lindo e que surpreende bastante. Em certo momento, foi muito difícil conter as lágrimas e elas permaneceram até o final, mas mesmo com a tristeza por uma perda que é bastante significativa para mim, senti uma felicidade me invadir com o desfecho da história.

Posso estar sendo repetitiva, mas não poderia deixar de pedir que repensem seus conceitos, suas atitudes e não julguem nada que não conheçam. Aceitem o diferente, pessoas. Qual é a dificuldade em aceitar a diferença? Qual é o bloqueio que não permite que respeitem o que difere dos seus gostos, da sua aparência, ou do que acredita? 

Gente, nós somos mais de 7 bilhões no planeta, não acha muita prepotência querer que todos sejam iguais a você? Eu não estou aqui dizendo que é preciso gostar de tudo. Não! Não é isso. Mas por favor, sejam mais tolerantes e bondosos. Desçam do pedestal e aprendam que todos somos iguais. Deixem de lado os olhares preconceituosos e passem a enxergar com o coração, pois se há algo que todos temos em comum e que deve prevalecer acima de qualquer coisa, é o nosso coração. Nutra o seu de boas ações, de boa vontade e alimente-o com amor. Seja solidário!

Uma dica que eu dou para vocês e que é bem clichê: Coloque-se no lugar do outro. Simples assim! Aí vocês entenderão o quanto um comentário maldoso pode ferir. E se tem dificuldade para fazer isso, nada melhor do que os livros para ajudar, pois não sei vocês, mas eu me transformo em cada personagem das leituras que faço e sofro tanto quanto ele. Então deixo como dica algumas obras que me emocionaram e mudaram o meu olhar perante as pessoas ao meu redor:
- Extraordinário — R. J. Palacio
- A menina feita de espinhos — Fabiane Ribeiro
- Proibido — Tabitha Suzuma
- A lista negra — Jennifer Brown

Não separei muitos trechos desse livro, quero deixar apenas duas passagens que são bastante significativas e refletem um pouco do que eu quero dizer:

“Sabe o que eu acho? A única razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma.” Pág: 11

“ – Não sei, querido. – Ela parecia cansada. – Simplesmente sentem. Não precisamos dos olhos para amar, certo? Apenas sentimos dentro de nós [...]” Pág: 233

Feche os olhos diante de algo que possa parecer diferente e abra o seu coração para a possibilidade de acolher a diferença como algo magnífico e extraordinário.  Apenas sinta!

Espero que tenham gostado e até a próxima.
BOA LEITURA!
Beijos :-*  

sábado, 15 de outubro de 2016

{Resenha} Menina Má — William March

"Será que a maldade é uma espécie de semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar na mais adorável das crianças?"
 
Livro: Menina Má
Autor (a): William March
Editora: Darkside
Páginas: 262

SINOPSE: 
Publicado originalmente em 1954, MENINA MÁ se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

OPINIÃO:
Oi, gente!
Tudo bem com vocês?

Para hoje, trago a resenha de um livro um tanto quanto... hum, intrigante.

Menina Má, como o título já aponta, conta a história de uma garota, Rhoda, de oito anos, que vive com os pais e que se mostra capaz de cometer atrocidades inimagináveis para conseguir o que deseja. No decorrer de todo o livro, o pai de Rhoda está ausente por estar numa viagem a trabalho. Christine, sua mãe, cuida sozinha da filha.
Rhoda é a típica garotinha amada por todos e admirada por seu autocontrole, sua "maturidade" e organização. Ela definitivamente não se parecia com nenhuma outra criança da sua idade, e isso cativava a todos os adultos ao seu redor.
Christine é uma mulher bonita e extremamente bondosa. Incapaz de cometer qualquer ato que possa machucar alguém, seja este de forma física ou emocional.
Eu não vou me prolongar muito falando da história para vocês, pois do contrário acabarei soltando vários spoilers, mas a partir da página 70 (quando o livro narra morte de um garoto) Christine passa a enxergar a filha de outra forma e acabará descobrindo muita coisa sobre o seu passado, coisas que ela nem imaginava, e passa a se culpar por todas as ações de Rhoda.

Devo confessar a vocês que essa leitura não me agradou. Eu sou mega fã de livros de suspense, investigação, morte e coisas do gênero, mas esse definitivamente não conseguiu me prender.
A Rhoda não foi o tipo de personagem que me fizesse pensar: "Cara***, essa guria é f***!" Na verdade, o que realmente me surpreendeu foi ela ser tão sem noção e as pessoas acharem normal, não perceberem que aquela criatura precisava de ajuda profissional. 
E a Christine... aiiii gente, me dá raiva ter que falar dela, tamanho o ódio que essa mulher conseguiu despertar em mim. Ela se torna a protagonista da história e, de verdade, me dá pena e raiva, ao mesmo tempo. É uma mulher boa, doce, gentil... mas cara, é muito boba. E até agora não sei se devo defini-la como burra ou ingênua. 
E o final.... Nossa, simplesmente horrorível (horroso + horrível)! 
Você fica tipo: Oi??? 
Eu estou até agora sem acreditar!

Mas é claro que o livro não é de tudo ruim. Eu gostei da ideia do autor de trazer uma criança psicopata, que é altamente fria e calculista, que só pensa em si e nos seus interesses e que é capaz de qualquer coisa para conseguir o que deseja. Gostei bastante dessa discussão que pode ser feita em torno da história: A psicopatia e esse lado perverso já vem da infância? A maldade é algo que já nasce conosco e independe do contexto em que estamos inseridos? Independe da classe social? Do acesso à educação? Do núcleo familiar? Dos conceitos morais a que somos apresentados? 
Esses são questionamentos que podem gerar um debate bem bacana e isso me agrada muito.

Eu, particularmente, acredito que sim, nós já nascemos com vontade e personalidade definidas, herdamos muitas características genéticas da nossa família, mas também acredito que essa personalidade vai se moldando de acordo com o contexto social em que somos inseridos. O meio do qual fazermos parte tem um poder imenso sobre nós, mas ele só interfere se permitirmos.

O livro em si é muito tranquilo de se ler. É curto, então mesmo que você não goste, a leitura é rápida. A capa é linda e passa uma mensagem muito importante e que é algo que nós insistimos em não ver: o que é bonito por fora, pode ser feio, muito feio, por dentro. Essa aparência exterior não mostra absolutamente nada. Ao contrário, ela esconde. Esconde nossos pensamentos, mascara tudo que se passa em nosso coração e nos mostra, na maioria das vezes, como não somos.

Bom gente, espero que tenham gostado e, se não gostarem, que bom também porque vai ser um sinal de que o livro os agradou e isso é ótimo. Até entendo que a história foi escrita em outro contexto (1954), era outra época e pra essa época ela deve ter sido chocante e polêmica, mas pra mim foi bem tranquila e não supriu as expectativas. 
Obs.: Eu só vi textos positivos em relação ao livro e estou começando a pensar que o problema deva ser eu kkkk'

Até a próxima!
Beijos :-*

sábado, 8 de outubro de 2016

{Resenha} A menina feita de espinhos — Fabiane Ribeiro


"Ser feliz é uma escolha. Ser bonito também é uma escolha porque a gente quem decide como vai se enxergar quando olhar no espelho a cada novo dia."

Livro: A menina feita de espinhos
Autor (a): Fabiane Ribeiro
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 343 

SINOPSE:
A incrível história de uma menina com uma deformidade no corpo, que faz com que ela seja considerada uma aberração por aqueles que só se preocupam com a imagem. Vivendo escondida do mundo, ela encontra o amor onde menos esperava.

Obs.: Como a sinopse é bem curtinha, vou partilhar com vocês a mensagem que está no final do livro e que já é de emocionar:

"Eu nasci assim. Com espinhos venenosos sobre toda a minha pele. Repelindo, assustando e repugnando as pessoas. Eu deixo o mundo mais feio. Mas aprendi, após receber tantos olhares de repugnância, que há beleza em tudo. Há beleza na tristeza e na dor, até mesmo na raiva. E há beleza na vida, em suas despedidas e desencontros.
Este livro é para aqueles que sabem conviver com espinhos, aceitam o diferente e amam sem medos e preconceitos.
Para quem sabe que vai sentir dor em vários momentos da vida, mas não desiste. Quem gosta de giz de cera, bichos de pelúcia e rosas vermelhas. Para os que sabem chorar. De verdade. Não apenas derramar lágrimas. E veem beleza em tudo. Absolutamente tudo. Mas se você não é assim, este livro ainda é para você, porque celebra as diferenças."


OPINIÃO:
Oi, oi gente!
Tudo bem com vocês?
Fiquei uns dias sumida e espero que tenham sentido saudades! (kkkk'
Quem me segue no instagram (@pllovelivros) sabe o motivo do meu sumiço, mas podem ficar sossegados porque agora já estou de volta firme e forte!

Com o coração em pedaços, venho partilhar com vocês uma leitura que foi capaz de me destruir e construir ao mesmo tempo. Talvez apenas com a resenha, vocês não sejam capazes de entender o que estou falando, mas com a leitura do livro compreenderão exatamente a que me refiro e preparem os lencinhos, porque vocês vão se emocionar da primeira até a última página!

Fabiane Ribeiro é mais uma autora nacional que me conquistou por completo. Esse livro chegou até mim através da indicação de uma amiga (@mmimarie), quando mencionei que queria livros que me fizessem chorar. E se querem saber se eu chorei, a resposta é não. Eu não chorei, gente, eu simplesmente me desmanchei em lágrimas. Algumas amigas já me questionaram sobre o porquê de eu gostar tanto de livros que fazem chorar, e não pensem que é por eu gostar de sofrer ou coisa parecida. Mas porque esses livros, especialmente, me trazem tantos aprendizados, me tocam de maneira tão profunda, que sou incapaz de esquecer o que eles ensinam. E com "A menina feita de espinhos" não será diferente. Tudo que aprendi, senti e vivi com a leitura desse livro ficará gravado para sempre em minha memória e em meu coração.

Kat já veio para a vida de forma trágica, uma vez que seu nascimento ocasionou a morte de sua mãe. A garota nasceu com uma especificidade rara: sua pele era coberta por espinhos e estes secretavam um muco venenoso, capaz de até matar quem a tocasse. Devido aos espinhos, no momento de seu nascimento, ela ferira os órgãos de sua mãe, que não resistiu e faleceu logo após o parto. Muito amada por seu pai, apesar de nunca ter recebido um toque, ela sentia o carinho, o afeto e o cuidado que ele lhe transmitia. 
Kat sofrera muito durante sua infância. Tentou frequentar a escola, mas não foi capaz de conviver com os olhares de nojo, ódio e medo que lhe eram direcionados, passando a estudar em casa com o pai. Após ele se aposentar, saíram da cidade e foram juntos morar num chalé que ficava localizado na floresta. Na vida, Kat  foi vítima do preconceito, do ódio e do que há de pior nas pessoas. Na vida, Kat conheceu a amizade, o amor e o perdão.

Não vou me aprofundar na história, porque não quero revelar nenhum spoiler. Mas se vocês dão alguma credibilidade para o que falo aqui, leiam esse livro. Peçam aos seus amigos que o leiam. Seus pais, seus irmãos, seus primos e todos que conhecem. 

Essa é uma história triste? SIM! 
MUITO, MUITO TRISTE! 
Mas é, acima de tudo, uma história que traz muitos aprendizados. Que nos faz sentir vergonha de ser como somos.

Tem duas semanas que finalizei essas leitura, mas ainda me emociono muito falar dela e acredito que será assim sempre.
Kat é uma garota linda! 
A mais linda de todas!
Mesmo com todos os seus espinhos, com a secreção que sua pele expelia constantemente... Gente, ela é a criatura mais linda que eu já conheci. Um coração bondoso, puro e que não tinha espaço para coisas ruins. Ela é o modelo mais claro de beleza que pode existir no mundo e me fez sentir vergonha de ser como sou. De olhar as pessoas com os olhos e enxergar apenas o que eles mostram, enxergar apenas o que a forma física mostra e ainda ser capaz de julgar e condenar por isso. Mais uma vez tive a confirmação de que o bonito não é visível aos olhos. O que é verdadeiramente bonito nós enxergamos com o coração. 

Kat também ensina que é preciso se amar sendo exatamente como você é
A forma física é apenas uma capa, uma máscara que guarda o que temos por dentro. E essa capa não será a mesma para sempre. Isso muda, acaba. Então ame o seu corpo, ame o seu cabelo, ame a sua cor. 
Se ame! 
Gorda, magra, alta, baixa... Se ame! 
Ruiva, loira, cabelo crespo, cabelo liso, cabelo cacheado... Se ame! 
Pele branca, pele parda, pele negra... Se ame!
Ame aquilo que você é, a forma como você é. 
Valorize a sua essência. 
O que há de melhor em você não está no cabelo, na sua cor ou no seu corpo. 
O que há de melhor em você só poderá ser encontrado no seu coração.

Outra coisa valiosa que a Kat vai te ensinar é: Veja beleza em tudo e seja feliz acima de qualquer coisa.
A nossa vida não é feita apenas de momentos felizes. Muitas vezes, a maioria dos momentos que vivemos é de dificuldade, de tristeza, dor e sofrimento. Mas precisamos ser capazes de enxergar a beleza até nas coisas ruins, pois elas também colaboram para o nosso crescimento e para nos transformar no que somos hoje. Não permita que um fato triste da sua vida defina como ela será. Não permita que algo ruim te impeça de ser feliz. Tem uma frase muito bonita que diz que "as vezes coisas ruins acontecem, para que coisas melhores possam surgir" (a frase não diz exatamente isso, mas vamos fazer de conta que eu citei corretamente kkkkk'). Então quando algo ruim acontecer com você, leve como aprendizado e faça de tudo para que a felicidade apareça e os dias bons prevaleçam em sua vida.

Só para constar, foi muito difícil separar apenas alguns trechos, porque o livro inteiro é repleto de passagens lindas e tocantes. Os que mencionei abaixo, são aqueles que mais me marcaram, principalmente o primeiro e o último!

QUOTES:

"Certos olhos me encontraram e viram algo belo em mim. Algo que eu nunca vi e nunca veria. Segundo suas próprias palavras, eu era bonita porque havia brilho no meu olhar. Não um brilho qualquer, mas aquele que só tem quem conhece a vida e suas facetas mais tristes, e ainda assim não desiste de caminhar sob o sol. Ele disse que meus espinhos eram necessários porque eles faziam de mim uma roseira rara. A única a caminhar sobre a terra e capaz de realmente se apaixonar. Finalmente alguém havia visto pétalas em mim" (p. 12).

"Eu era uma rosa solitária vivendo em meio à multidão [...] Já havia desabrochado, faltava agora aceitar que mesmo a mais vermelha das rosas, a mais especial, jamais deixará de ter espinhos" (p. 46-47). 

"Era tão estranho ser feliz. Desculpe, eu precisava anotar isso, porque quase cheguei a me sentir mal por me sentir bem" (p. 61).

"Eu havia finalmente descoberto que, quanto mais se ama, mais há espaço para amar" (p. 87).

"Um vaso remendado se quebra mais fácil que um intacto. E eu passara a vida toda, desde que nasci, colando meus cacos" (p. 93).

"Tenho algo escondido no canto da minha alma [...] O amor que sinto pelas pessoas, mas que não posso demonstrar com um abraço. O amor por mim mesma, que até pouco tempo atrás não pensava que seria possível sentir [..] Mas o importante é que tenho encontrado coisas boas escondidas em mim, enquanto posso apostar que muitas pessoas guardam coisas ruins, como inveja, pessimismo e tudo o que há de feio [...] Eu mostro o que tenho de mais feio. Meus espinhos, na superfície da minha pele. Então, deixei o que tenho de mais bonito escondido lá dentro" (p. 95-96).

"Há pessoas para as quais queremos mostrar as partes de nós que não são tão bonitas assim. E isso é algo bem próximo do amor [...] A sensação de que eu ainda era capaz de amar, mesmo após tantos momentos ruins que vivera, era a melhor possível. Mesmo que nos quebremos em milhares de caquinhos, esses cacos nunca seriam impossíveis de serem colados de volta. E as marcas que eles deixavam eram sinal de força, não de fraqueza. A gente pode se machucar muito, mas nunca se quebrar de forma irreparável" (p. 168).

"Eu já fui triste e feliz. Sei que é difícil ser triste, mas é ainda mais difícil ser feliz, porque quando se está feliz, é como se estivesse andando em uma corda bamba. Você pode cair a qualquer momento. Aliás, você vai cair inevitavelmente. O que nos segura e nos dá forças nos momentos de queda são exatamente as experiências que colecionamos ao longo da caminhada. Por isso, tudo é importante. Cada sorriso, cada dor" (p. 330).

"Há beleza em todos os cantos e em todas as pessoas. Há beleza em quem elogia, nas também em quem ofende. Em quem ajuda e em quem maltrata. Num sorriso e numa lágrima. Em olhares mansos e também nos raivosos. No primeiro choro de um bebê recém-nascido e no último pulsar de um ser. No início e no fim e em cada curva do caminho a vida é bela. Até mesmo na escuridão mais sombria. As rosas são bonitas. Mas seus espinhos também" (p. 343).


Dessa vez, além de super recomendar essa leitura, recomendo que passe a refletir sobre as pedras que joga nas pessoas e as vezes, até em si mesmo. Cuidado com as cicatrizes que isso pode deixar. Cuidado com os seus espinhos! Assim como Kat, todos nós carregamos espinhos. A grande diferença, é que ela não machucava ninguém com os que possuía, já nós, fazemos isso diariamente. Nossos espinhos estão escondidos, mas ferem mais que aqueles que estão à mostra. Pois estamos preparados para o vemos, mas como se preparar para o escondido, para o que ainda está obscuro?
Cuidado com os espinhos que estão em seus olhos, em suas palavras e em suas atitudes. Vocês não tem noção do veneno fatal que eles podem carregar.

E minha última recomendação: AME O DIFERENTE. AME A DIFERENÇA!

Aprendam a conviver com os seus espinhos e a ver beleza em tudo o que existe. Sejam infinitamente felizes!

Espero que tenham gostado e até a próxima.
Beijos :-*



 

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